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"La Voix Humaine" é uma ópera de um ato único, composta por Francis Poulenc em 1958. Baseada na peça de mesmo nome escrita por Jean Cocteau, a ópera retrata a intensa conversa telefônica final entre uma mulher e seu amante que a abandonou.


  • Data:09-09-2023 09:00 PM
  • Localização N114 6, Gaeiras, Portugal (Mapa)
  • Mais informações:O Festival de Ópera de Óbidos será apresentado na Quinta das Janelas.

Descrição

A Voz Humana, de Francis Poulenc
Libreto de Jean Cocteau

Récitas
9 de setembro · 21h00

Ficha artística
Jorge Balça, encenação
Rodrigo Teixeira, correpetição
Nuno Esteves (Blue), adereços
Marília Zangrandi, figurino
Zeca Iglésias, operação de luz
Ana Paula Menezes, direção de cena

Elenco
Elle — Marília Zangrandi, soprano
Rodrigo Teixeira, piano


SINOPSE


"La Voix Humaine" é uma ópera num único acto de Francis Poulenc, inspirada na peça homónima de Jean Cocteau. O enredo foca-se numa mulher, apenas referida como "Ela", que tem uma conversa final, através do telefone, com o seu amante que a decidiu deixar. Este monólogo dramático está carregado de emoções, desde o desespero ao amor, da angústia à raiva, com a mulher a oscilar entre tentativas de compreensão, súplicas e resignação. A obra dá-nos uma visão profunda sobre a dor do amor não correspondido e a solidão humana.

"La Voix Humaine" destaca o poder da expressão feminina e a intensidade da emoção. A obra desafia estereótipos ao permitir que uma mulher ocupe todo o espaço cénico e vocal, dominando a narrativa. Em vez de ser apenas uma figura secundária ou objecto de desejo, "Ela" é o foco central, retratando as suas lutas internas, força e vulnerabilidade. Esta ópera representa um raro momento na história da música clássica em que a voz e emoção da mulher estão absolutamente no centro.

Jean Cocteau, o dramaturgo original, era conhecido pelas suas obras profundamente pessoais e introspectivas. Em "La Voix Humaine", explora a natureza da comunicação humana e a distância emocional, temas frequentes na sua própria vida. A peça, escrita em 1930, foi influenciada pela inovação tecnológica do telefone que, ao mesmo tempo que conectava as pessoas, também acentuava o abismo da comunicação não presencial, o que torna esta obra absolutamente visionária se pensarmos nos dias de hoje.

Francis Poulenc, por sua vez, sentiu-se profundamente atraído pela peça de Cocteau. Ambos, Cocteau e Poulenc, partilhavam uma profunda amizade e afinidade artística. Poulenc, conhecido pelas suas emoções conflituosas e turbilhão interno, viu na peça uma oportunidade de expressar a sua própria sensação de isolamento e desejo de conexão. A sua adaptação musical, estreada em 1959, é intensamente pessoal e lírica, realçando a tensão emocional da protagonista.

A união dos génios de Cocteau e Poulenc nesta obra cria uma tapeçaria rica de introspecção e expressão. Ambos, nas suas respectivas vidas e carreiras, lidaram com temas de identidade, desejo e comunicação. "La Voix Humaine" serve, assim, como um espelho das próprias lutas e anseios dos artistas, enquanto oferece simultaneamente uma voz universalmente humana e dolorosamente reconhecível.


SOBRE O FESTIVAL


Ressurgimento do FOO

O Festival de Ópera de Óbidos, que marcou toda uma geração de profissionais e melómanos, esteve inativo nos últimos anos. A ABA - Banda de Alcobaça, Associação de Artes, na sua candidatura ao Apoio Sustentado da Direção Geral das Artes para o período 2023–2026, afirmou como um dos seus objetivos o ressurgimento deste festival, estabelecendo para o efeito uma parceria estratégica com o Município de Óbidos. Com esta parceria, pretende-se dar uma nova vida ao Festival de Ópera de Óbidos dotando-o de condições para que possa ambicionar um futuro sustentável e com capacidade de crescimento, contribuindo para colocar Portugal no circuito global de ópera.

Relevância

O Festival de Ópera de Óbidos pretende posicionar Portugal no circuito global da ópera através de parcerias estratégicas nacionais e internacionais e da participação de artistas de renome. Temos a ambição de transformar Óbidos num laboratório de ideias criativas nos campos da encenação, interpretação musical e ligação aos públicos, bem como um espaço para a descoberta e afirmação de talentos, dotando este Festival de uma ambição internacional que se deve projetar no Futuro do mesmo, fazendo de Portugal um centro de produção e circulação de ópera com alcance global, atraindo um público internacional e impulsionando o turismo cultural, deixando uma marca indelével no panorama operístico.

As atividades do Festival estendem-se desde Agosto, ainda em Lisboa e no Porto, onde decorrerão ensaios e os trabalhos de preparação das óperas, até meados de Setembro, altura em que serão apresentados os espetáculos.

A Quinta das Janelas

O espaço escolhido para acolher as atividades do Festival de Ópera de Óbidos é a Quinta das Janelas. Situada em Vale das Flores e a poucos metros do Convento de São Miguel, a sua construção remonta aos princípios do século XVI, incorpora a antiga Quinta das Flores (onde a Rainha D. Leonor ficava quando se deslocava às Caldas). Um local mágico e cheio de história que inclui um Palacete do século XVI, um conjunto de lagares, adegas, um picadeiro e um chafariz. Nesta quinta podemos ainda ver a Capela da Nossa Sra. do Desterro e uma nascente de águas sulfurosas (antigamente denominadas Caldas das Gaeyras) as quais são aproveitadas numa casa simples, coberta com uma abóbada, tendo no seu interior um tanque.


COMO CHEGAR


Plus Code: 9VC5+HGR Gaeiras
GPS: 39.371495, -9.141227

Desde a A8 – Autoestrada do Oeste
Na A8 sair na saída n.º17 (no sentido Sul–Norte indicação “N8 / Caldas da Rainha Sul / Gaeiras” e no sentido Norte–Sul indicação “N8 / Óbidos / Gaeiras). Seguir pela N8 / N114 na direção Óbidos / Gaeiras e, na rotunda do “Recheio - Cash and Carry” sair na 3ª saída na direção “Óbidos”. Cerca de 350 metros após a rotunda encontrará a indicação para a entrada do festival à sua esquerda.

Desde Óbidos
Tomando como ponto de partida a Estátua da Mão, na Praça da Criatividade, desça até à rotunda, deixando para trás as muralhas de Óbidos. Saia na 2ª saída (N8 / Caldas da Rainha) e siga pela N8 / N114 cerca de 2 quilómetros. Irá passar pelo Santuário do Senhor da Pedra, pela localidade de Caxinas, em Casal do Zambujeiro encontrará a indicação para a entrada do festival à sua direita.


BILHETEIRAS


Os bilhetes para o Festival de Ópera de Óbidos estarão disponíveis em blueticket.meo.pt e em dois postos de venda físicos: no Posto de Turismo de Óbidos (todos os dias) e na Quinta das Janelas (apenas nos dias dos espetáculos).

O Posto de Turismo de Óbidos encontra-se junto ao Parque de Estacionamento principal, na zona extra-muros, a cerca de 200 metros da entrada da vila de Óbidos.


Para mais informações sobre Óbidos visite o website oficial do municípios de Óbidos.